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 | 06/11/2008 03h10min

"A Rodin contribuiu para diminuir a auto-estima do gaúcho"

Delegado Gustavo Schneider avalia a importância do trabalho da Operação Rodin

Fabiano Costa

Responsável por conduzir o inquérito da Rodin, o de maior repercussão da sua carreira de seis anos na Polícia Federal, o delegado Gustavo Schneider, 33 anos, avalia a importância do trabalho um ano depois:

Zero Hora — Qual o impacto da Operação Rodin para o Estado?

Gustavo Schneider — A Rodin veio depois de sucessivos escândalos, como o dos selos e da CGTEE. Nesse contexto, contribuiu para diminuir a auto-estima do gaúcho em relação a sua classe política, aos seus agentes públicos, demonstrando um esquema de corrupção nos moldes do que se via no resto do país.

ZH — O senhor acredita que o Estado vai recuperar pelo menos parte dos R$ 40 milhões desviados?

Schneider — Acredito, embora seja impossível rever a integralidade. Mas só apreensão de bens do Lair (o lobista Lair Ferst) já significa um pesado golpe no pessoal que se locupletou. E tem um efeito simbólico muito grande, efeito punitivo talvez pior que o encarceramento. A Justiça Federal foi muito corajosa ao bloquear os bens dessa forma, pois não é comum. A Rodin não chegaria tão longe se a Justiça não tivesse nos dado os meios.

ZH — O senhor sente alguma frustração com o resultado da Rodin até este momento?

Schneider — Ao contrário. Me sinto motivado, acho que cumprimos um papel importante. A Rodin vai render mais fruto, como já rendeu.

 
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